Bruno com 11 anos. Puxa vida, onze anos. Está passando 2015 com seus sentimentos tão divididos. Descobrindo coisas novas em sua vida e, já com saudade, se despedindo da infância.
Hoje perguntei para ele se estavam comentando nas aulas sobre o desastre da barragens que se romperam em Mariana. Ele disse que não. Então lhe contei o que estava acontecendo. Ele ficou mal, indignado com a falta de pensar no outro, com o egoísmo dos seres humanos, ficou se sentindo muito pequeno e impotente.
Dei a ideia de levar o assunto para a escola amanhã, na aula de História ou Geografia. Então ele me disse a coisa que a gente mais precisa escutar:
- Eu não quero falar desse assunto para fins de estudo. Eu quero ajudar!!
E é realmente diferente.
Será que quando estudamos moralidade, tornamo-nos mais morais? A resposta é não. Quando estudamos moralidade, estamos adquirindo conhecimentos teóricos. Não estamos exercitando a bondade, a generosidade, a moralidade, a ética.
Falar sobre fazer o bem não nos torna bons, como já se dizia desde antes.
E é isso que estamos fazendo no facebook. Comentando sobre ser ou não bom, generoso e humano. E o que, de fato, estamos fazendo?
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quinta-feira, 12 de novembro de 2015
Sobre o desastre de Mariana
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quinta-feira, 9 de julho de 2009
Cangrejo
"Cangrejo" é caranguejo em espanhol e foi o animal que coube ao Bruno pesquisar para apresentar um seminário em classe.
Muito animado, ele fez o cartaz e desenhou até um script dos pontos relevantes que iria comentar com os colegas (abaixo um detalhe com tradução simultânea para o adultês):

Numa das fotos que pegamos emprestadas (aqui) o caranguejo estava morto. Conversando um dia com a avó pelo Skype, ele explanou sobre sua hipótese paleontológica:
- Sabe esse caranguejo deitado na praia? Está morto. Acho que ele morreu porque tinha medo da água. Só que caranguejos precisam ficar na água para viver, e como ele tinha medo, ficou na areia e morreu!
Uhm... tem molejo para virar ditado popular, não?
"Quem tem medo do mar, morre na praia."
sábado, 21 de março de 2009
Preto
Bruno fez amizade instantânea com um cachorrinho do sítio de meus pais e o batizou de Preto. Nos fins de semana, a primeira coisa que ele fazia era ir vê-lo.

Só que um dia Preto não apareceu. E Bruninho conheceu pela primeira vez a dor da perda de alguém querido, chorou por quase 1 hora, soluçando e me perguntando todas as dúvidas que ele tinha sobre a morte. Seu coração só se acalmou depois que rezamos em frente ao oratório de meus avós e lhes pedimos para tomar conta de Preto.
Uns dias depois Bruno perguntou se quando viajarmos de avião poderíamos ver o Preto no céu...

Só que um dia Preto não apareceu. E Bruninho conheceu pela primeira vez a dor da perda de alguém querido, chorou por quase 1 hora, soluçando e me perguntando todas as dúvidas que ele tinha sobre a morte. Seu coração só se acalmou depois que rezamos em frente ao oratório de meus avós e lhes pedimos para tomar conta de Preto.
Uns dias depois Bruno perguntou se quando viajarmos de avião poderíamos ver o Preto no céu...
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Taí uma coisa que nunca pensei em pensar
Olha, já vou avisando que somos uma família bonitinha e engraçadinha, antes que você leia mais este post mórbido e imagine morcegos sobrevoando em nossa sala.
Eu estava trazendo o Bruno de volta da escola, que estava entretido em seus pensamentos quando de repente disse:
- Mãe... mas se você morrer... onde é que eu vou enterrar você??
Eu estava trazendo o Bruno de volta da escola, que estava entretido em seus pensamentos quando de repente disse:
- Mãe... mas se você morrer... onde é que eu vou enterrar você??
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
E se todos os adultos do mundo morrerem?
Certa noite eu estava lendo para o meu filho, sentado ao lado de sua cama. Ritual de quase todas as noites. Ele estava quase pegando no sono, com os olhinhos quase fechando quando, de repente, ele pôs-se sentado e me perguntou: "Pai, e se todos os adultos morrerem?".
A questão me pegou totalmente desprevenido. A história que eu estava lendo para ele não tinha nada relacionado a morte ou a qualquer outra coisa que pudesse ter despertado aquele questionamento.
"Os adultos não vão morrer todos de repente, meu filho" - falei sem gostar muito da minha própria resposta. Que garantia eu tinha para assegurar que os adultos não vão morrer todos de uma hora para outra? (Vai que o acelerador de partículas da CERN cria um buraco negro??)
"Pai, se você e a mamãe morrerem, eu não vou conseguir alcançar o botão do elevador para voltar pra casa."
"Não se preocupe meu filho, sempre vai ter alguém cuidando de você."
Ele voltou a deitar e, 2 segundos depois, dormiu.
Às vezes a gente precisa da certeza de que sempre haverá alguém ao nosso lado para apertar os botões muito altos...
A questão me pegou totalmente desprevenido. A história que eu estava lendo para ele não tinha nada relacionado a morte ou a qualquer outra coisa que pudesse ter despertado aquele questionamento.
"Os adultos não vão morrer todos de repente, meu filho" - falei sem gostar muito da minha própria resposta. Que garantia eu tinha para assegurar que os adultos não vão morrer todos de uma hora para outra? (Vai que o acelerador de partículas da CERN cria um buraco negro??)
"Pai, se você e a mamãe morrerem, eu não vou conseguir alcançar o botão do elevador para voltar pra casa."
"Não se preocupe meu filho, sempre vai ter alguém cuidando de você."
Ele voltou a deitar e, 2 segundos depois, dormiu.
Às vezes a gente precisa da certeza de que sempre haverá alguém ao nosso lado para apertar os botões muito altos...
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