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terça-feira, 6 de julho de 2010

Na luta pelos direitos das escovas de dente

Nesta noite, a história escolhida foi uma sobre a imigração no Brasil, uma revista em quadrinhos da Turma da Mônica.  Lá se contava que na Europa os operários estavam sendo substituídos por máquinas e que muita gente ficou desempregada, então vieram ao Brasil tentar uma nova vida.

Terminada a história, era hora de escovar os dentes.  Olhei para a escova e disse:

- Ih, Bruno, essa escova já está toda aberta, vamos ter que trocar.

- Você vai substituí-la? - o grifo é devido ao esforço que o menino fez para usar uma palavra que tinha acabado de ouvir no gibi.

- Sim, ela vai ser substituída.

- Mas ela não vai perder o emprego, vai???

Bem, sob protestos do sindicato acordamos que a velha escova de dentes seria realocada no setor de artes da casa.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Mal saiu da barriga e já lê!

Nós olhamos o Bruno hoje com 5 anos e reconhecemos o mesmo bebê que se apresentava na TV dos ultrassons, quando ainda havia bastante espaço para nadar.
E agora estamos emocionados vendo-o ler frases inteiras. Foi tudo tão rápido que antes que postássemos a primeira palavra que ele leu na nossa frente (que foi "papai", preciso ser justa), ele já havia começado a ler frases. É lindo.
Semana passada, na hora de dormir, ele leu o título de um livro. Ficou cansado com o esforço, mas foi um momento muito significativo para nós. E ainda terminou dizendo assim, para se assegurar de que havia acionado o botão "lágrimas":

- Mamãe... acho que eu lembro de como era gostosinho estar dentro da sua barriga...

E ontem ele já estava lendo algumas frases inteiras, deste livro:

Nós - Eva Furnari, Global Editora

Você conhece? É um refúgio para aqueles momentos em que dá vontade de enterrar a cabeça feito avestruz. A Eva Furnari é mestra em tratar de assuntos do fundo da alma com um delicado humor e um delicioso non-sense. Em Nós ela experimenta a técnica do pastel ao invés da aquarela, como se estivesse mudando de estilo junto com a mudança de vida da protagonista, a Mel.
Nesse livro, os moradores de Pamonhas viviam caçoando de Mel porque ela era diferente, vivia rodeada de borboletas. Clique na imagem para poder ler um trechinho:


E nessa hora o Bruno mostrou mais uma vez como desaprendemos a ser como deveríamos ser conforme viramos adultos:

- Ela não deveria fugir. Quando alguém faz algo que nos deixa tristes, temos que chorar na frente deles e bem alto para saberem que não gostamos.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Onde vivem os monstros

Pegando carona no filme, o clássico Where the wild things are, de Maurice Sendak, será lançado pela Cosac Naify no Brasil e se chamará Onde vivem os monstros. Bem, há quem diga que outra editora já tentou publicá-la antes, mas que não conseguiu passar pelo controle de qualidade do autor.
O Bruno curtiu muito, leu e releu depois daquela primeira vez. E a grande expectativa sobre o filme é se estará de acordo com as carinhosas lembranças que as crianças de outrora guardaram deste livro de suas infâncias.
Para você ter uma idéia do que significa este livro, está rolando uma exposição de releituras dos desenhos do livro no Canadá. O site é este aqui, composto pelas versões dos inúmeros artistas-fãs.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Homem atômico chegou!

Vocês já leram o Homem Atômico chegou!, da Mini Grey, pela Cosac Naify? É a história de um boneco tipo super-herói que vive as aventuras imaginadas por um menino no cotidiano. O livro é lindo, mas tem uma parte que faz a gente pensar em como nos tornamos adultos terríveis sem perceber.


O Ricardo contou a história para o Bruno pela primeira vez e instantaneamente ele percebeu a imaginação do menino em suas brincadeiras e se identificou:


Então o menino foi passar o natal na casa da avó, que carinhosamente preparou a casa de maneira que julgava aconchegante e mais carinhosamente ainda fez meias de presente para toda a família. Até o Homem Atômico ganhou um conjuntinho verde tricotado. Como é de costume na nossa sociedade modernoza, o estilo de vida dos mais idosos foi ridicularizado.

E o Bruno perguntava pro pai, ele não entendia, não se conformava... por quê estavam todos rindo do Homem Atômico? Isso é mais uma prova de como acumulamos preconceitos conforme crescemos.


Sabe como o Homem Atômico se livrou do traje? Ele salvou umas colheres e desfiou a roupa todinha até virar uma sunga... O Homem Atômico sai vitorioso e a cara da avó não é mostrada depois do ocorrido.

Muitos dias depois, quando já tínhamos até esquecido desse livro, o Bruno me pediu para fazer um cachecol verde e um gorro laranja. Comecei pelo cachecol e ele curtiu à beça vê-lo sendo tricotado, crescendo nas agulhas.


Esse post me deu saudade das doçuras que minhas avós deixaram de lembrança pra mim... conversas com uma pitada de amargura sobre meus avôs, cristaleiras cheias de lembrancinhas de casamento, abóboras kabotchá, tapetinhos de crochê, me cobrir na soneca da tarde até eu suar...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Aconchego

Era hora de dormir, vento assobiando, muito frio. O Bruno já estava com tanto sono que tomou o leite de olhos fechados infurnado no cobertor. Peguei um livro novo e comecei a ler. Ele se aconchegou no travesseiro e me pediu:

- Conta uma história que eu já conheço, tá?

Comecei a ler uns poemas dos quais ele já é bem amigo e logo deu pra ver a barriga dele subindo e descendo tranqüila...

De vez em quando eu fico na maior ânsia por vivenciar e criar novidades (tipo agora), só que com a Internet é muito instantâneo receber informação nova. Então caio no desespero por não saber e nem fazer tudo o que há de diferente de mim. Hoje, por exemplo, fiz meu primeiro rabisco em acrílico.



É hora de seguir os ensinamentos do Bruno, preciso de uma história que eu já conheço.