Voltamos ao Brasil! :-D
Fisicamente já faz quase 1 mês, mas talvez emocionalmente ainda estamos nos trasladando. Ao mesmo tempo em que estamos felizes por estar perto de nossas famílias e de nossos valores, há a tal da readaptação que todos comentam. É como uma planta num vaso: enquanto ela cresce dentro de um determinado vaso, está tudo bem, porque ela cresce moldando-se a ele. Mas se ela é retirada desse vaso, passa um tempo em outro vaso e depois é colocada novamente no antigo vaso, não se encaixa mais. É preciso cortar uns tequinhos da raiz aqui, colocar um pouco de terra acolá, pra ficar ajustadinho. Bom, isso falando de planta velha, né, que tem aquelas raizonas quase saindo pelo buraquinho de drenagem...
Já o Bruno mudou de vaso e continuou verdejante. Encarou com seu sorriso de sempre o encontro com sua nova-velha-vida. Suas folhas já crescem bastante com o clima tropical úmido e quente.
E acho que descobri seu segredo: sabiamente, seu coração é escancarado à amizade. Isso o faz crescer forte em qualquer vaso. Ele reencontrou seus amigos com uma felicidade imensa, com muitos abraços.
Por outro lado, ontem o Bruno lembrou-se de seus amigos espanhóis:
- Como estarão passando meus amigos na Espanha?
(Precisava ver o livro com a coletânea dos desenhos que cada amigo seu fez como despedida lá na Espanha... imagina o quanto eu chorei.)
Eu gostaria de ter um raio-X de sentimentos para saber tudo o que acontece dentro desse coração tão gigante, que abraça sua vida sempre com tanta alegria, seja num canto ou outro. Tenho aprendido tanto com ele!
Essa é uma: antes de voltar, em meio à mega-confusão da mudança, eu disse ao Bruno que não aguentava mais estar ali. E o Bruno disse:
- Mas por quê? Se você aqui tem até amigas...
Minhas pernas trançaram, ele tinha toda a razão. Vou me fazer essa pergunta toda vez que estiver irritada com coisas (e não-coisas) amontoadas à minha volta.
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