Ontem fomos comprar presentes de aniversário para amigos do Bruno.
A vendedora fez os pacotes com uma má-vontade nota 10. Não era falta de jeito, na qual não há problema algum, era falta de vontade mesmo. E como aprecio a arte de fazer pacotes, estava cheia de comichão ao ver aquelas mãos que mal conseguiam levantar do balcão e que baixavam tombando sobre o pacote, o durex grudado torto onde não era pra ter durex, etiqueta da loja sendo usada como durex por todos lados, a cabeça pendida pro lado...
O clima era pesado, e eu no meu exoterismo pensei na energia ruim que pairava ali. Pensei em muita coisa, eu até me prometia a mim mesma que jamais deixaria que a rotina chegasse ao ponto de eu agir daquela maneira. Bem, mas tudo eram pensamentos meus, algo que ebulia internamente, mania minha.
Então o Bruno foi mais além e entendeu tudo. Ele virou pra mim e disse:
- Ela não tá feliz?
Desejei que a moça tivesse escutado. Que ela ouvisse aquilo e tomasse uma atitude.
Pendurei a pergunta na minha gargantilha, para olhar de vez em quando no espelho e lembrar da lição, como um checkup da saúde da alma.
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