segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Idade cerebral

O Ricardo estava testando sua idade cerebral num joguinho e deu 30 anos mais que ele tem hoje.  O Bruno o parabenizou:

- Parabéns, pai!!!

- Hehehe... obrigado, Bruno, mas nesse jogo é pior se a gente tem mais idade. 

- Ué, não deveria ser. Porque quanto mais idade, mais inteligente nós somos, não é?  Claro, porque sabemos mais coisa.

Risadinhas internas aqui nos pais, olhares cúmplices de quem acha que nosso filhote de 7 anos é muito mais sabido com tão menos idade.  E o Bruno deve ter percebido toda essa movimentação silenciosa, porque em seguida disse:

- ... só que quanto mais velho, menos memória se tem, né?


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Adivinha quanto eu te amo



Adivinha quanto eu te amo - Sam McBratney, Anita Jeram - Martins Fontes
(Clique para ver grandão)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

My little nerd

Há alguns minutos atrás...

- Bruno, vem secar o cabelo.

- Aaahh...

- Eu não entendi o que é "aahhh", me explica?

- É que tá passando um programa sobre Astrofísica e eu quero ver!

(Lá no fundo da sala, pai delirando de orgulho)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A grande revelação, 2 meses antes no Natal.

Foi ontem.  Não houve como adiar.

- Pai.  Já escolhi meu presente de natal.  O jogo de videogame Sbrinksbronks.

E o pai, que já estava esperando o momento dessa séria conversa, disse:

- Ah, que legal... e você acha que o Papai Noel faz jogo de videogame?

- Pai... eu tô achando que VOCÊ é o Papai Noel.

- Eeeeeu??
(Ilustração feita p/ Ed. Positivo)
- É pai.

- Mas você acha que eu coloco você pra dormir, finjo que durmo, acordo no meio da madrugada de natal, saio de casa de fininho, vou comprar o presente e coloco debaixo da árvore??  - Para entender, leia o post o ano passado aqui. - Pode não ser eu... pode ser... a mamãe!!!

- Não pai.  A mamãe é muito cansada, ela não conseguiria acordar no meio da madrugada para ir comprar o presente.  É você, não é?

Então, prensado na parede dessa maneira, não houve maneira.  O Ricardo confessou.  Mas ele foi um bom marido e muito justo ao dizer que eu também era Papai Noel.  E explicou que não saímos na  madrugada de natal atrás do presente, afinal eu sou muito cansada e nunca acordaria para fazer compras no natal, isso estava muito óbvio.

E aproveitamos para esclarecermos nossas próprias dúvidas:

- E como foi que você descobriu?

- Ora, eu estava desconfiando, porque onde já se viu uma rena voadora?

E nossa reveladora noite seguiu gostosa: o Bruno num misto de alegria pela descoberta e frustração por não existir Papai Noel; nós lhe dizendo que o Natal vai continuar sendo mágico, que Nicolau existiu mesmo, que outras pessoas se vestem de bom velhinho para distribuir presentes a crianças órfãs...

E agora nós temos um grande segredo que não podemos contar a nenhuma outra criança.  Shhhh!!!

Um dia pra lá de pirlimpimpim

Um momento mágico...
Bruno tomando sorvete com seu autoretrato na mostra cultural da escola


... e depois outro...

E depois colhendo jabuticaba no pé que eu subi quando criança

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A rampa

Era um dia de festa numa chácara.  Havia uma escada de alguns degraus que levava à varanda e ao lado uma tábua apoiada, formando uma rampa.  Obviamente o Bruno começou a subir pela tábua.  O pai disse:

- Bruno, melhor ir pela escada.

E o Bruno continuou subindo pela tábua.

- Bruno.  Pela escada. - continuou o pai num tom muito paciente.

Atrevidamente sossegado, o menino continuou subindo pela tábua.

- Bruno!!  Eu disse para ir pela escada! - dessa vez o pai estava incrédulo.  Mas o Bruno já tinha completado a travessia. 

- Eu só estava testando pra ver se a rampa é segura, pai.

- E se não fosse???

- Daí eu ia contar pras pessoas que ela não é segura!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

E ainda somos os mesmos, como os nossos paaaaisss!...

O Bruno está andando de skate, o que deixa o pai muito orgulhoso. Estávamos indo pra pista e o Ricardo não se conteve no elevador vazio:

- Meu filhiiinho, ele anda de skate, olha, olha!

E o Bruno deixou claro que o ciclo da vida é o mesmo pra todos e só lembramos do que não gostávamos quando crianças pra gente repetir o mesmo com nossos filhos.


sábado, 30 de julho de 2011

Questões de um futuro astro do rock

Bruninho crescendo... tomou todas as vacinas, lê Harry Potter e não quer usar roupa com bichinho que tem cara de criança pequena.  Já contei? Que ele havia decidido ser desenhista-de-desenhos-animados-de-cinema porque "eles são muito compridos e precisam de muitos, muitos, muitos desenhos, então daí vou ficar milionário!!!"

Um dia ele foi menor que o bebê do solzinho do Teletubies, ficou maior que o Caillou e agora acha que, só porque fez 7 anos, tem idade para ver seriados como o Zeke & Luther, Uma banda lá em casa e ainda por cima acredita que é grande o suficiente para ser fissurado pelo Peter Punk, uma série argentina que o fez entrar num dilema terrível sobre seu futuro profissional:

- Não sei se vou ser ilustrador de desenhos animados ou se vou ser astro do rock, não sei o que escolher, e agora??

Aqui eles cantam em português:




A maioria das músicas está em espanhol e ao ouvir essa o pai comentou com o Bruno:

- Puxa, ele quase não tem sotaque, né?

E o Bruno:

- O que é sotaque?  É de comer?

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ombudsmãe


Ontem na pós conhecemos a Tais Vinha, que escreve o blog Ombudsmãe.  Mãe engajada, inspiradora.  Conhece o blog?  Imperdível para quem é adepto da maternidade lúcida e pró-felicidade.  De quebra, vai dar bastante risada.
Sensacional, fica aqui a dica. 




sexta-feira, 10 de junho de 2011

Primeiros apontamentos profissionais

Ontem cheguei tarde em casa e havia um recado para que eu olhasse o caderno sobre a mesa.  Eram anotações sobre como fazer um desenho animado, que Bruno anotou assistindo a um vídeo do Mundo da Criança, o mesmo.  Eu sei, eu sei que certas substâncias só são ativadas pelo organismo se o sujeito for pertencente à mesma linhagem corujística, mas... este é um blog de pais, ué, o que você esperava??


Recortando e colando trechos de diálogos sobre o futuro profissional dele:

- Mãe!  Quando eu crescer eu vou ser desenhista-de-desenhos-animados-de-personagens-de-jogos-de-videogame. 

- Mãe, quem inventa a história não é o mesmo que faz os desenhos?  E quem faz os movimentos não pode inventar o personagem?  Eu não quero ser o que faz as vozes... então eu vou ser... eu vou ser...

- Mãe, eu vou ter meu próprio canal de desenhos-animados-de-personagens-de-jogos-de-videogame.  Porque se eu trabalhar numa outra empresa, eu só vou desenhar a história dos outros, eu nunca vou desenhar minha própria história!

- Já decidi qual vai ser o nome da minha empresa! Vai ser ......... !

Não te conto, não conto-o!  Daqui a uns 20 anos você vai saber.  ;-)

7 anos!

Quando o Bruno tinha uns 2, 3 anos, ouvíamos muito "ah... essa fase é tão gostosa... aproveite, porque depois, viu!".  A fase do "viu!" ainda não chegou para nós, continua sendo uma curtição descobrir o mundo com filhote.   É ele quem devolve nossos pés ao chão, pois adulto muitas vezes se esquece o que significa viver realmente.

O penico só sobrou na lembrança e é incrível imaginar que o que era um feijãozinho no ultrassom possa hoje ter tantas delas... 


terça-feira, 3 de maio de 2011

Como foi que escolheram meu nome?

Na escola, o Bruno está estudando sobre a passagem do tempo e o desenvolvimento do ser humano.  Eles estudaram a própria certidão de nascimento e pela primeira vez ele se deparou com os nomes completos dos avós.  Hoje, como lição de casa, ele ia fazer uma entrevista com os pais e começou a me contar no carro:

- Mãe, preciso te perguntar: como foi que vocês escolheram meu nome?

- Bem, primeiro nós pesquisamos sites de nomes de bebês  e anotamos os que mais gostamos.  Então conversamos "Ah, esse eu não gosto", "ah, este é legal".  Depois ficamos muitos dias tentando decidir entre os nomes preferidos.

Foi delicioso lembrar de nossa angústia na escolha do nome do bebê e de que já sabíamos bem como ele era de personalidade, antes mesmo de nascer...

Depois desse pequeno instante de silêncio, meu bebê exclamou indignado:

- Vocês escolheram meu nome pela... Internet????

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Incentivo à não leitura

Eram férias de janeiro e estávamos os três curtindo a ala infantil da Livraria Cultura.  Láaa no cantinho, beeeem no fundo, uma mãe puxou nervosa seu filho de cerca de 10 anos e lhe perguntou:

- Olha.  Tá aqui.  Quantos você vai ler?
- Mas mãe...
- TEM QUE LER.  QUANTOS VOCÊ VAI LER?
- Um.
- Um não. Quatro.
- Um.
- Então três.
- Dois.
- Tá bom, tá bom, dois então.  Vamo, escolhe logo, quais você quer ler? (...) Vamo, rápido, escolhe logo que eu quero sair daqui.

A bronca estava doendo em mim, então me movi para sair de perto.  Foi inevitável: ao me virar e dar um passo, num só relance vi que os livros que a mãe havia espalhado no balcão para o menino escolher eu não diria nem para o Bruno ler com seus 6 anos.  Era uma coleção de qualidade literária duvidosa, comercial, fininhos e claramente inadequados (para não dizer tontos) para um menino tão grande.

Quase chorando, o menino disse:

- Mãe, se você faz assim eu não consigo escolher!...

Aí sim a mãe foi delicada:

- ESCOLHE LOGO QUE EU NÃO AGUENTO MAIS FICAR AQUI!

Pobre mãe, tão pressionada pelo incentivo à leitura.  Embora tenha ficado muito indignada com sua postura, não a culpo, pois ninguém conseguiu fazê-la gostar de ler, ela mesma é vítima.

Hoje é dia nacional do livro infantil.  Eu sou absolutamente apaixonada por livro infantil e mesmo assim estou bem entediada com esses milhões de dias do livro que mais igualam o livro ao agrião.

Não se ensina o filho a gostar de livro (nem de agrião) se os pais e professores não tiverem este amor, verdadeiramente.  “Tem que comer”...ops.. “ler!” – não é lá muito motivador.

E não adianta disfarçar o livro de brinquedo.  Há espaço para tudo, mas oferecer um livro piscante ou com o personagem da moda achando que está incentivando a leitura é engano.  É como misturar o agrião bem picadinho no meio do feijão.

Também acho que teatrinhos e filminhos contando a história de um menino triste que descobriu a felicidade dentro dos livros só causa mais aversão.

Antes de promover um incentivo à leitura dentro de casa, o adulto precisa se convencer de que ele mesmo gosta de ler.  E não é preciso ser erudito, basta ler o que se gosta de ler, com prazer verdadeiro.  Difícil saber como começar? Pode ser o caderno de automóveis do jornal, revista feminina, folheto de supermercado.  Sei que não é fácil começar a gostar de agrião.  

Bem, foi mais um desabafo, porque sei que quem teve paciência para ler um post tão grande deve gostar bastante de ler. 

Aproveitando o gancho: já provou o agrião só com seus talos mais fininhos?  Ou mesmo só a folhinha?  Aquele talo grosso, quando colocado na sopa, murcha e perde o “ardido”, além de funcionar como um canudinho.  E refogado? Uhmmm...
 

quinta-feira, 17 de março de 2011

Ser filho numa metrópole

Quando fui buscar o Bruno na escola, ele já tinha planos para sua tarde:

- Mãe, quando eu chegar em casa vou fazer um livro. Você sabe, né, eu quero ser autor de livros quando crescer. E hoje vou desenhar uma história sobre os Angry Birds.

- Sobre o joguinho de celular?

- É, do celular do papai. Já que hoje eu não posso jogar porque papai está trabalhando, vou fazer um livro e mostrar para ele à noite.


Mas a noite chegou e seu pai não.

Era hora de dormir e tudo o que restava fazer era telefonar e lhe perguntar se estava perto ou se ainda estava preso no trânsito.

- Pai, onde você está?... ainda?!?! Aaaahh... – e desligou sem se despedir, tão frustrado que estava. – Papai ainda está no trabalho! Não é justo! Por que ele chega tão tarde em casa?

- É porque ele anda trabalhando muito, querido.

- Então deveria ser o contrário, ué. Se ele está trabalhando muito, deveria terminar o serviço logo e voltar cedo para casa.

Vestiu o pijama chorando. E eu fiquei pensando em quantas casas de São Paulo a cena se repetia naquele mesmo instante. Ele me pediu que o ajudasse. Como eu gostaria de consertar a rotina metropolitana, Bruno... Tudo o que pude lhe dizer foi que ele poderia ligar para conversar um pouco com o pai e lhe dizer boa noite. No começo ele achou que não era suficiente, mas respirou fundo, enxugou as lágrimas e discou o número do celular do pai.

- Pai... você pode conversar um pouco comigo?

Durante a conversa, seu coração foi se amansando com o colo que recebia via telefone. Contou-lhe sobre seu dia na escola, sobre o livro que tinha começado. E ainda recebeu a boa notícia de que papai estava a caminho de casa.

- Então, boa noite, pai. Enquanto você não vem, vou lhe escrever uma mensagem, tá legal? Tchau!

Correu para pegar um lápis em seu estojo e me pediu uma folha de papel.

- Mãaaaae, como se escreve “coisa”?

E desatou a escrever, rápido como o ritmo de seu coração, feliz pela idéia genial que teve para se sentir mais perto do pai. Começava com “Querido papai, eu tinha tanta coisa para te mostrar...” e continuava de um jeito... que não foi possível manter meus olhos secos.

- Mãe, podemos rezar para o papai conseguir chegar mais cedo em casa?

Sentamos em sua cama, e ele começou:

- Papai do céu, ajuda o papai a voltar mais cedo do trabalho e a sair mais cedo para o trabalho. Amém.

Depois que li uma história, ele se aninhou no travesseiro e pareceu adormecer. Encostei a porta. Cinco minutos depois, a chave girou na sala com seu barulho inconfundível, que sempre anunciava a chegada de alguém muito amado. Bruno abriu a porta de seu quarto e saiu correndo abraçar o pai.

E como criança tem prioridade na fila de preces, papai do céu fez meu marido dizer, inocente:

- Amanhã, vou sair mais cedo e levar o Bruno para a escola, posso?

E viveram sonolentos e felizes, por todo o dia seguinte.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Pós-graduação: as relações interpessoais na escola e a construção da autonomia moral

Comecei a fazer esta especialização no ano passado movida pela necessidade que senti em conhecer melhor como se dá a recepção da criança e fui atraída especialmente pela disciplina sobre Literatura Infantil.  Hoje sou apaixonada por todo o tema e sou mais feliz por conhecer o trabalho de educadores que remam contra a maré para criar um mundo mais ético e pessoas mais felizes.

O que isso tem a ver com meu trabalho como ilustradora?   Para mim, tudo.  Minha paixão pela Literatura Infantil vai além do desenho.  E não consigo me convencer de que não se deve pensar na criança ao criar uma obra literária.  Acho que há uma certa confusão com a infantilização da cultura que, aí sim, é menosprezar a inteligência das crianças.  


 Clicando na imagem, fica mais fácil enxergar as informações.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Feliz ano novo!

Hoje é o primeiro dia de 2011.   E eu fiz uma promessa ao Bruno para o dia de hoje.

Embora seja difícil de acreditar, quem tem escritório em casa também trabalha muito.  Sim, sim, eu sei que é difícil de imaginar como pode ser considerado trabalho uma ocupação que não exige pegar trânsito e nem comer fora, e ainda por cima com uma geladeira, uma TV e um filho do lado.  Só pode ser fácil né?  Pois nos modernos dias de hoje em que o Home Office é "In" eu ainda passo raiva porque a grande maioria das pessoas não consegue imaginar como pode ser duro trabalhar em casa.  Eu nem vou descrever como é, apesar de ser hilário, porque estou aqui para contar sobre a promessa que fiz para o Bruno.

Ele sabe bem, muito bem, que eu tenho meus trabalhos para fazer em casa.  E ele percebe como estou ficando esgotada nesse fim de ano (ã, quê?  O ano novo já chegou?).  Então ele disse:

- Mãe, quando você terminar seu trabalho, você vai poder tirar férias?

- Bruno, quando eu terminar este trabalho, vou começar outro, e eu espero muito que surja outro e que nunca pare de chegar trabalho porque blá blá blá.

- Ahh... mas e se você decidir descansar um dia por mês, que tal?  Que tal descansar no primeiro dia de cada mês?

- Isso iria ser bom.  Mas agora mamãe tem que trabalhar, eu não posso parar, o cliente está esperando eu terminar este serviço.

- Mas mãe, você tá trabalhando demais!  Vamos combinar que no primeiro dia de 2011 você não trabalha?

- Tá bem!  Eu prometo!

- Mas... e seus clientes?...

- Eu volto a trabalhar dia 2.

- Então tá legal.

E essa foi minha promessa, que está di-fí-cil de cumprir.  Mas falta só mais um minutoooo!!!

Mas como ninguém nunca viu o Papai Noel?


O Bruno estava muito desconfiado que o Papai Noel não existia, porque ele ficou muito decepcionado quando soube que eu era a fada dos dentes.  Durante o mês, ficou perguntando, perguntando e nós não sabíamos mais o que fazer para prolongar nossa sonhada fantasia de ser o bom velhinho.  É tãaaao gostosinho, né?  Até contamos a história do São Nicolau, mas ela é tão curtinha, nem dá tempo de enrolar legal.

- Pai.  Eu acho que o Papai Noel é você.

- É mesmo?... mas por que você acha isso?

- Porque eu nunca ouvi nenhum barulhinho do Papai Noel chegando.  Eu acho que quando eu vou dormir na noite de Natal, você sai de casa, compra meu presente e coloca debaixo da árvore!

Neste natal o Papai Noel ainda foi a figura mitificada pelo refrigerante, mas hoje mesmo ele resolveu reler a carta que veio junto com o presente e ficou desconfiado... acho que foi nosso último Natal em companhia do gorduchinho misterioso...