sexta-feira, 27 de março de 2009

TV e Internet

O Bruno estava fazendo um discurso bem articulado e dramático, gesticulando com as mãos abertas e voz pausada, como um candidato político líder nas pesquisas do ibope.

- Porque na natação os pais ficam olhando os filhos nadando... e isso... é a coisa maaais importante. Depois os pais lavam os filhos para tirar a água da piscina... porque a água da piscina não é água de banho... e não pode colocar na boca... e nem abrir a boca na piscina... e isso... é a coisa mais importante.

O pai perguntou:

- Onde você aprendeu a fazer um discurso tão bonito, Bruno?

E, mais uma vez claramente influenciado pelos desenhos da TV, ele respondeu:

- Na Internet.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Batalha de banheiro

Uma batalha sangrenta é montada no box do banheiro... O malvadão, terrível, está acabando com tudo, aaaaaaahh!...

Agora... qual é o super-vilão?


...É o Senhor Foca!
Sim, senhoras e senhores, o mal está onde menos se imagina!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Pressa

Quando o Bruno tinha 2 anos ele já tirava barato da minha cara quando eu tinha pressa. Na hora de ir pra escola, uma vez eu disse "entra, entra no carro, rápido, rápido!". Ele sentou na cadeirinha, começou a agitar pernas e braços e disse "ápido, ápido!".

Numa outra vez, também com 2 anos, levei ele correndo para a casa de sua avó. Depois ela me contou que ele lhe disse:
- Bruno não tem pressa. Só mamãe tem pressa.

E um dia desses lembrei desses dois momentos quando ele estava tomando banho. Eu estava dando as instruções para ele se lavar:

- Vai, Bruno, lava o braço, o ombro, o pescoço, debaixo do braço...

E ele, com o sossego próprio de sua natureza, disse:

- Calma, mãe. Eu tenho 4 anos, eu não consigo pensar tão rápido!

sábado, 21 de março de 2009

Preto

Bruno fez amizade instantânea com um cachorrinho do sítio de meus pais e o batizou de Preto. Nos fins de semana, a primeira coisa que ele fazia era ir vê-lo.


Só que um dia Preto não apareceu. E Bruninho conheceu pela primeira vez a dor da perda de alguém querido, chorou por quase 1 hora, soluçando e me perguntando todas as dúvidas que ele tinha sobre a morte. Seu coração só se acalmou depois que rezamos em frente ao oratório de meus avós e lhes pedimos para tomar conta de Preto.

Uns dias depois Bruno perguntou se quando viajarmos de avião poderíamos ver o Preto no céu...