terça-feira, 25 de outubro de 2011

A grande revelação, 2 meses antes no Natal.

Foi ontem.  Não houve como adiar.

- Pai.  Já escolhi meu presente de natal.  O jogo de videogame Sbrinksbronks.

E o pai, que já estava esperando o momento dessa séria conversa, disse:

- Ah, que legal... e você acha que o Papai Noel faz jogo de videogame?

- Pai... eu tô achando que VOCÊ é o Papai Noel.

- Eeeeeu??
(Ilustração feita p/ Ed. Positivo)
- É pai.

- Mas você acha que eu coloco você pra dormir, finjo que durmo, acordo no meio da madrugada de natal, saio de casa de fininho, vou comprar o presente e coloco debaixo da árvore??  - Para entender, leia o post o ano passado aqui. - Pode não ser eu... pode ser... a mamãe!!!

- Não pai.  A mamãe é muito cansada, ela não conseguiria acordar no meio da madrugada para ir comprar o presente.  É você, não é?

Então, prensado na parede dessa maneira, não houve maneira.  O Ricardo confessou.  Mas ele foi um bom marido e muito justo ao dizer que eu também era Papai Noel.  E explicou que não saímos na  madrugada de natal atrás do presente, afinal eu sou muito cansada e nunca acordaria para fazer compras no natal, isso estava muito óbvio.

E aproveitamos para esclarecermos nossas próprias dúvidas:

- E como foi que você descobriu?

- Ora, eu estava desconfiando, porque onde já se viu uma rena voadora?

E nossa reveladora noite seguiu gostosa: o Bruno num misto de alegria pela descoberta e frustração por não existir Papai Noel; nós lhe dizendo que o Natal vai continuar sendo mágico, que Nicolau existiu mesmo, que outras pessoas se vestem de bom velhinho para distribuir presentes a crianças órfãs...

E agora nós temos um grande segredo que não podemos contar a nenhuma outra criança.  Shhhh!!!

Um dia pra lá de pirlimpimpim

Um momento mágico...
Bruno tomando sorvete com seu autoretrato na mostra cultural da escola


... e depois outro...

E depois colhendo jabuticaba no pé que eu subi quando criança

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A rampa

Era um dia de festa numa chácara.  Havia uma escada de alguns degraus que levava à varanda e ao lado uma tábua apoiada, formando uma rampa.  Obviamente o Bruno começou a subir pela tábua.  O pai disse:

- Bruno, melhor ir pela escada.

E o Bruno continuou subindo pela tábua.

- Bruno.  Pela escada. - continuou o pai num tom muito paciente.

Atrevidamente sossegado, o menino continuou subindo pela tábua.

- Bruno!!  Eu disse para ir pela escada! - dessa vez o pai estava incrédulo.  Mas o Bruno já tinha completado a travessia. 

- Eu só estava testando pra ver se a rampa é segura, pai.

- E se não fosse???

- Daí eu ia contar pras pessoas que ela não é segura!