sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Taí uma coisa que nunca pensei em pensar

Olha, já vou avisando que somos uma família bonitinha e engraçadinha, antes que você leia mais este post mórbido e imagine morcegos sobrevoando em nossa sala.

Eu estava trazendo o Bruno de volta da escola, que estava entretido em seus pensamentos quando de repente disse:

- Mãe... mas se você morrer... onde é que eu vou enterrar você??

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Aconchego

Era hora de dormir, vento assobiando, muito frio. O Bruno já estava com tanto sono que tomou o leite de olhos fechados infurnado no cobertor. Peguei um livro novo e comecei a ler. Ele se aconchegou no travesseiro e me pediu:

- Conta uma história que eu já conheço, tá?

Comecei a ler uns poemas dos quais ele já é bem amigo e logo deu pra ver a barriga dele subindo e descendo tranqüila...

De vez em quando eu fico na maior ânsia por vivenciar e criar novidades (tipo agora), só que com a Internet é muito instantâneo receber informação nova. Então caio no desespero por não saber e nem fazer tudo o que há de diferente de mim. Hoje, por exemplo, fiz meu primeiro rabisco em acrílico.



É hora de seguir os ensinamentos do Bruno, preciso de uma história que eu já conheço.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O que é cuidar bem?

No sábado eu estava agarrando o Bruno numa demonstração de carinho típica materna quando ele me disse:

- Mamãe, assim você não está cuidando bem de mim.
- Ah é? E o que é cuidar bem de você?
- Cuidar bem de mim é me deixar livre.

Dei mais risada quando ontem eu virei a folhinha do meu calendário:


segunda-feira, 15 de setembro de 2008

E se todos os adultos do mundo morrerem?

Certa noite eu estava lendo para o meu filho, sentado ao lado de sua cama. Ritual de quase todas as noites. Ele estava quase pegando no sono, com os olhinhos quase fechando quando, de repente, ele pôs-se sentado e me perguntou: "Pai, e se todos os adultos morrerem?".
A questão me pegou totalmente desprevenido. A história que eu estava lendo para ele não tinha nada relacionado a morte ou a qualquer outra coisa que pudesse ter despertado aquele questionamento.
"Os adultos não vão morrer todos de repente, meu filho" - falei sem gostar muito da minha própria resposta. Que garantia eu tinha para assegurar que os adultos não vão morrer todos de uma hora para outra? (Vai que o acelerador de partículas da CERN cria um buraco negro??)
"Pai, se você e a mamãe morrerem, eu não vou conseguir alcançar o botão do elevador para voltar pra casa."
"Não se preocupe meu filho, sempre vai ter alguém cuidando de você."
Ele voltou a deitar e, 2 segundos depois, dormiu.
Às vezes a gente precisa da certeza de que sempre haverá alguém ao nosso lado para apertar os botões muito altos...