terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Nossa árvore de Natal

Enfeitar a árvore de Natal com meu filhote é mais uma realização de um sonho adolescente. Sempre fui super pinheiresca e está sendo um conto natalino compartilhar isso com o Bruno. Este ano ele quis enfeitar tudo sozinho.

Pôs uma bola, outra, outra, outra e mais outra, bem rapidinho porque queria fazer uma surpresa para o pai que aguardava o momento em que teria autorização para pisar na sala.

Eu não queria interferir (não interfira, não interfira, não interfira):

- Bruuno, que tal agora colocar algumas bolinhas ali onde está vazio?
(falei pra não interferir!)


- Ah não. Eu gosto assim beeem juntinho... família.

(Tóin-nhóin-nhóin! zip.)

Adoro contos natalinos. Sempre me fazem sorrir e chorar.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Manifesto por adultos mais felizes

Ultimamente ando me sentindo na puberdade de novo, com a sensação de ver o encantamento da infância derreter entre os dedos.
(...)
Ah! Não, calma, a infância do Bruno vai bem. Minha dor é com os adultos mesmo. Com os sentimentos à flor da pele, percebo que prolifera um tipo de adulto que eu não quero que o Bruno seja e eu mesma não quero ser.
Digo que me sinto de novo na puberdade porque eu me lembro claramente de estar na 6a. série e ser pega de surpresa no meio de uma aula pela descoberta de que as pessoas estavam com os corações congelados. E ando com a mesma doída sensação.

Pais que põem a pressa à frente da demonstração de carinho. Quanto tempo se economiza ao não se dar um beijo e um sorriso ao filho na entrada da aula?

Pais que põem a pressa à frente do respeito pelo próximo. Por que eles acham que as crianças se tornam cegas no trajeto matutino de carro?

Há também os pais que são ditadores populistas. Os que distribuem beijos e se fazem sorridentes enquanto obrigam o filho a comer tudo o que há no prato, mesmo que ele não possa mais.

Mas admito que amor de pais é algo tão grandioso que, no ato de desejar toda a felicidade do mundo para o futuro do filho, acabam se rendendo às "exigências" da sociedade "moderna" e simplesmente não conseguem enxergar que ele tem direito a uma infância inteira a ser vivida agora, no pobre coitado do Presente mesmo.

Não duvido que os pais amam enlouquecidamente seus filhos. O que falta é deixar-se derreter pelo sorriso das crianças. E elas são fortes. Meu Deus, como são. Mesmo sob os mais rígidos comandos dos adultos, elas têm a ousadia de manter os olhos brilhando com ganas de brincar. E daí é que os adultos continuam achando que está tudo bem mesmo.

"Seguir o que diz o coração" também vale para criar filhos. Não é muito fácil escutá-lo, porque até mesmo na escola há muito ruído, há ruído por toda a parte e dentro de nossas cabeças há um zum-zum-zum que se diz racional e que teima em nos fazer acreditar que é o dono da verdade.

É fato consumado que o que somos na infância é a base do que seremos no futuro. Então, por que raios só se pensa no futuro? O futuro não chega nunca, sempre haverá um futuro. Por que encher a cabeça de uma criança de informações e tirar-lhe a vontade de aprender? Por que estimular seu raciocínio e não deixá-la pensar no que lhe interessa? E até mesmo: para que serve - pra quêee??? - estimular a criatividade se não há tempo para brincar?

Não dá para exigir que o mundo seja diferente se o que se formam são adultos tão tristes quanto os de hoje.

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(E não é que agora, depois deste post, descubro que hoje é o Dia Universal das Crianças, que a Declaração dos Direitos da Criança faz 50 anos e que a Convenção dos Direitos das Crianças faz 20? Uhmm... algo me cheira a esperança!)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Mal saiu da barriga e já lê!

Nós olhamos o Bruno hoje com 5 anos e reconhecemos o mesmo bebê que se apresentava na TV dos ultrassons, quando ainda havia bastante espaço para nadar.
E agora estamos emocionados vendo-o ler frases inteiras. Foi tudo tão rápido que antes que postássemos a primeira palavra que ele leu na nossa frente (que foi "papai", preciso ser justa), ele já havia começado a ler frases. É lindo.
Semana passada, na hora de dormir, ele leu o título de um livro. Ficou cansado com o esforço, mas foi um momento muito significativo para nós. E ainda terminou dizendo assim, para se assegurar de que havia acionado o botão "lágrimas":

- Mamãe... acho que eu lembro de como era gostosinho estar dentro da sua barriga...

E ontem ele já estava lendo algumas frases inteiras, deste livro:

Nós - Eva Furnari, Global Editora

Você conhece? É um refúgio para aqueles momentos em que dá vontade de enterrar a cabeça feito avestruz. A Eva Furnari é mestra em tratar de assuntos do fundo da alma com um delicado humor e um delicioso non-sense. Em Nós ela experimenta a técnica do pastel ao invés da aquarela, como se estivesse mudando de estilo junto com a mudança de vida da protagonista, a Mel.
Nesse livro, os moradores de Pamonhas viviam caçoando de Mel porque ela era diferente, vivia rodeada de borboletas. Clique na imagem para poder ler um trechinho:


E nessa hora o Bruno mostrou mais uma vez como desaprendemos a ser como deveríamos ser conforme viramos adultos:

- Ela não deveria fugir. Quando alguém faz algo que nos deixa tristes, temos que chorar na frente deles e bem alto para saberem que não gostamos.

domingo, 1 de novembro de 2009

Bixadores e fim do horário de verão

O Bruno não se conforma com os pixadores. Cada vez que passa por uma pixação já começa:

- Essa não. Bixado (sic)! Esses meninos não deveriam bixar. Eles deveriam pintar num papel bem grande. A mãe deles deveria dar uma bronca neles. Acho que eles são uns ladrões.

- Ih, Bruno, acho que os ladrões são ocupados demais roubando, acho que eles não iriam pixar não.
Outra coisa que deixa ele inconformado é a hora em que o sol se põe. Aqui na Espanha acabou o horário de verão, e pra explicar?...

- Então, Bruno, é que existem umas pessoas que decidem que se deve mudar o horário do relógio porque se diz que se economiza energia elétrica.

Aí danou-se... o menino ficou irado:

- O quê?!?! Eu acho que eles são uns chatos!!! Eu acho que esses meninos que bixam e esses meninos que ficam brincando de mudar a hora do relógio são uns ladrões!!... dos que não estão ocupados. Eles não sabem que se mudam a hora do relógio fica de noite mais cedo e eu tenho menos tempo pra brincar???

Bem, mas parece que ele achou uma solução. Agora mesmo seu pai acaba de me informar que estava contando uma história de monstros para ele. Um deles comia meninos malvados.

- Esse monstro podia existir de verdade, pai. Assim ele podia comer esses meninos que ficam bixando.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Onde vivem os monstros

Pegando carona no filme, o clássico Where the wild things are, de Maurice Sendak, será lançado pela Cosac Naify no Brasil e se chamará Onde vivem os monstros. Bem, há quem diga que outra editora já tentou publicá-la antes, mas que não conseguiu passar pelo controle de qualidade do autor.
O Bruno curtiu muito, leu e releu depois daquela primeira vez. E a grande expectativa sobre o filme é se estará de acordo com as carinhosas lembranças que as crianças de outrora guardaram deste livro de suas infâncias.
Para você ter uma idéia do que significa este livro, está rolando uma exposição de releituras dos desenhos do livro no Canadá. O site é este aqui, composto pelas versões dos inúmeros artistas-fãs.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Lendo as entrelinhas

Uma noite tentava colocar o Bruno para dormir enquanto ele fazia tudo que podia para me convencer a deixá-lo brincar mais um pouco.

- Não pode, meu filho. Amanhã é dia de escola e se você for dormir tarde vai acordar com sono.

E, claro, se o motivo de ter que parar de brincar é a escola, piorou.

- Então não quero ir na escola!! Nunca mais!! Não vou nunca mais na escola!!

E depois de hesitar um pouco.

- Só vou voltar lá pra terminar meu trabalho da aula de experiências e só!!

:-)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Where the wild things are

Ontem li o Where the wild things are para o Bruno. Ufa, deu tempo de ler antes da estréia do filme!

(Where the wild things are, Maurice Sendak, Harper Collins Publishers)

Para quem não conhece, é a história de um menino que é colocado de castigo depois de algumas "selvagerias":

E que depois viaja para o mundo onde vivem as coisas selvagens. E lá foi coroado rei de todas as selvagerias. Só que o Bruno não concordou com a decisão não. Não, não.

- Ele não pode ser rei! Os reis não devem maltratar ninguém.



Pelo menos é assim que deveria funcionar, não é não?

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Quero ler!

O Bruno está ansiosíiiiimo para conseguir ler. Ele conhece todas as letras, lemos livros todas as noites com ele, é maluco-doido-alucinado por histórias, então imagina como ele está desesperado pelo momento do "clique" sobre o funcionamento da dança das letras.

E outro dia, num certo bate-papo, eu disse:

- Ai Bruno, eu gosto tanto de brincar com você! Com quem eu vou brincar quando você ficar adulto?

E ele:

- Não se preocupe, mãe. Quando eu ficar adulto, você pode brincar comigo mesmo. - e emendou sua angústia - SE eu ficar adulto e aprender a ler... SE eu aprender a ler quando ficar adulto (carinha de desespero e ansiedade)... nós podemos jogar Perfil e eu mesmo vou poder ler as minhas cartas, não vou mais precisar pedir pra você!

Uhmm... quando ele aprender a ler, vamos jogar Perfil assim, mas será que eu vou perder meu momentinho de ler junto com ele? É tãaaao gostosinho...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Sobrancelha

Bruno e papai num momento carinhoso de brincadeira, nem me lembro como começou, mas desembocou num diálogo assim:

- O que você acha se eu cortar meu cabelo, Bruno?

- Veja, pai, tem só um pouquinho aqui do lado.

- E se eu cortar minhas sobrancelhas, fica bom?

- Pai... olha... se você cortar suas sobrancelhas, eu não vou saber quando você estiver triste ou bravo!
(obs.: o desenho é meu, só para ilustrar. O Bruno não faria algo tão tonto.)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Nova avaliação sobre Guernika

Numa nova visita ao Museu Reina Sofia, Bruno olhava os quadros do Picasso e ia dizendo enquanto caminhava pelo corredor:

- Este está todo certinho... este é triste... este também está certo...

Até chegarmos no Guernika. Então ele olhou, olhou... cabeça no lugar da cabeça, olhos no lugar dos olhos, boca no lugar da boca... e não se conformava com o desespero retratado.

Concluiu:

- Ah, mãe! Esse Picasso só sabe fazer desenhos tristes e corretos!

Pooois é. Adultos precisam fazer um baita esforço para agir de forma libertária, o que para as crianças é simplesmente natural. Já bem dizia o próprio Picasso.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Cangrejo

"Cangrejo" é caranguejo em espanhol e foi o animal que coube ao Bruno pesquisar para apresentar um seminário em classe.
Muito animado, ele fez o cartaz e desenhou até um script dos pontos relevantes que iria comentar com os colegas (abaixo um detalhe com tradução simultânea para o adultês):

Numa das fotos que pegamos emprestadas (aqui) o caranguejo estava morto. Conversando um dia com a avó pelo Skype, ele explanou sobre sua hipótese paleontológica:

- Sabe esse caranguejo deitado na praia? Está morto. Acho que ele morreu porque tinha medo da água. Só que caranguejos precisam ficar na água para viver, e como ele tinha medo, ficou na areia e morreu!

Uhm... tem molejo para virar ditado popular, não?

"Quem tem medo do mar, morre na praia."

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Bruno fez 5 anos, êee!!


Ele passou a semana anterior ao aniversário dele preocupadíiiiissimo porque estava... ficando velho! Tinha medo de acordar diferente no dia do seu aniversário:


Bem, no dia fatídico ele viu que estava tudo normal e agora tá se sentindo todo grandão.
O negócio é aproveitar para pegar no colo e fazer post no blog enquanto é tempo, né?

terça-feira, 19 de maio de 2009

O anjo da guarda do papai

Bruno está indo muito bem na sua adaptação à escola espanhola, embora tenha chorado na entrada do terceiro ao sexto dia (o primeiro e o segundo foram ótimos), mais ou menos.  
Num desses dias mais difíceis, já em casa, ele estava relaxando quando apareceu na minha frente dizendo:

???... Ele me explicou que na entrada da escola seu pai tinha lhe emprestado o seu anjo da guarda para acompanhá-lo até que ele estivesse se sentindo melhor.  O Bruno ficou preocupado porque ele tinha se esquecido de devolver o anjo, e se o pai estivesse precisando dele?  Eu disse que se isso acontecesse o anjo iria correndo ajudá-lo.  E ele completou:
- Ih, mas o papai está no serviço.  O anjo vai ter que ter muita pressa para chegar lá!


domingo, 26 de abril de 2009

Guernica e o bombardeio de porquês

Domingão, uma passadinha rápida pelo Museo Reina Sofía antes de ir ver os monstros marinhos no cine 3D, porque filhote de 4 anos não é de ferro.   Nessa passadinha, basicamente deu para ver o Guernica e um pouco de uma sala cheia de estudos de suas mulheres e cavalos desesperados.
Bruno estava ansioso para ver um Picasso de verdade (por causa da piadinha que o Sr. Cabeça de Batata faz no Toy Story, aquela em que ele põe suas peças todas tortas e diz "olha, eu sou um Picasso") e quando viu o Guernica ficou impressionado e fez várias perguntas: por que as pessoas estão com essa cara?  Por que o cavalo está assim?  Por que o Picasso gostava de pintar tudo torto? O que é guerra?  Por que as pessoas que não se conhecem fazem guerra?  Essa guerra aconteceu de verdade?? Por que os artistas gostam de desenhar a guerra??  Por que o Picasso só fez desenhos de guerra????  Assim eu fico triste...  
Então ele percebeu que a cor era algo que também mostrava tristeza, "porque preto e branco é cor de tristeza... mas a zebra também é preta e branca... ah!  Preto e branco é triste quando é escuro!"
E ele repetiu várias vezes a pergunta "mas por que os artistas desenham a guerra se é uma coisa tão triste e horrível?" e também não se conformava: "mas papai, mamãe... por  que tem que existir guerra?"

E eis que a partir de uma piadinha que ele viu num DVD ele conheceu Picasso, a guerra e o pensamento torto da humanidade.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Escola espanhola do Bruno

Eu sou absolutamente apaixonada pela escola do Bruno no Brasil e não cogitava nem mudar de bairro por causa dela.  Quando pesquisamos e vimos que aqui em Madri as escolas são muito mais tradicionais que o padrão brasileiro, murchei. Minha boca secava ao imaginar meu menino brincalista indo para uma escola de gravatinha, aprendendo boas maneiras e aprendendo "ba-be-bi-bo-bu".  
Para nossa surpresa, encontramos uma com um gingado diferente!  Não vai dar pra fugir dos sapatos pretos e acho que nem da alfabetização sílaba-a-sílaba, mas o brincar estava presente em todo canto, desde a fala da diretora até o teto, literalmente, que estava forrado de arte feita pelas crianças. Um alívio!

Vários pequenos detalhes nos convenceram.  Um deles foi uma menininha comendo banana fatiada e iogurte, que estava ganhando um carinho especial porque estava triste por ter perdido seu dente mole naquele dia.  Preciosas entrelinhas!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Bandeira

Estávamos nós três caminhando em Madrid quando vimos a bandeira espanhola.  O Ricardo perguntou para o Bruno: 

- Olha, Bruno, uma bandeira!  De onde você acha que é?  Será que é a bandeira do Brasil?

E para  pai não fazer mais pergunta boba, ele respondeu:

- Pai... é claro que é a bandeira da Espanha!  As pessoas espanholas não iam colocar a bandeira do Brasil porque é um lugar muito longe e que elas não sabem onde é!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Uma nova sobremesa

Ainda estamos acampados no hotel, comendo fora todas as refeições...  Adivinha uma das opções que o Bruno nos pede?...  Claaaro!
E no McDonalds daqui da Espanha o Mc Lanche Feliz vem obrigatoriamente (humpf) com uma sobremesa.  Pegamos uma que era um pacotinho de maçãs fatiadas (como eles fazem pra não oxidar? Que medo...) e um mini-pacotinho de um tipo de nutella. Hummm, é bom!!
Nós já temos uma sobremesa familiar que se chama "banana tchum-tchum-tchum", que é uma banana inteira acompanhada por  por uma tijela com granulado, para ir chuchando e comendo.  Falei para o Bruno que agora sempre vai ter maçã tchum-tchum-tchum com nutella na nossa casa.  E ele me respondeu: 
- No nosso hoteeeel, mãe, você quis dizer no nosso ho-tel.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Estamos em Madrid!

Vamos ficar por aqui durante 1 ano, por conta do trabalho do Ricardo.

Bruno tem sido fenomenal, paciente e muito forte. Apesar dos dias estressantes e cansativos, ele mantém seu sorriso e seu espírito brincalista.

Uma dose de vitamina energética: hoje eu estava usando a janela para copiar um desenho e o Bruno me perguntou o que eu estava fazendo. Ele se decepcionou e disse:

- Ahhh... achei que você estava desenhando nossa cidade lá fora! Desenha nossa cidade, vai?

Ele já se adaptou ao fuso e chama Madrid de nossa. E eu ainda atordoada...

sexta-feira, 27 de março de 2009

TV e Internet

O Bruno estava fazendo um discurso bem articulado e dramático, gesticulando com as mãos abertas e voz pausada, como um candidato político líder nas pesquisas do ibope.

- Porque na natação os pais ficam olhando os filhos nadando... e isso... é a coisa maaais importante. Depois os pais lavam os filhos para tirar a água da piscina... porque a água da piscina não é água de banho... e não pode colocar na boca... e nem abrir a boca na piscina... e isso... é a coisa mais importante.

O pai perguntou:

- Onde você aprendeu a fazer um discurso tão bonito, Bruno?

E, mais uma vez claramente influenciado pelos desenhos da TV, ele respondeu:

- Na Internet.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Batalha de banheiro

Uma batalha sangrenta é montada no box do banheiro... O malvadão, terrível, está acabando com tudo, aaaaaaahh!...

Agora... qual é o super-vilão?


...É o Senhor Foca!
Sim, senhoras e senhores, o mal está onde menos se imagina!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Pressa

Quando o Bruno tinha 2 anos ele já tirava barato da minha cara quando eu tinha pressa. Na hora de ir pra escola, uma vez eu disse "entra, entra no carro, rápido, rápido!". Ele sentou na cadeirinha, começou a agitar pernas e braços e disse "ápido, ápido!".

Numa outra vez, também com 2 anos, levei ele correndo para a casa de sua avó. Depois ela me contou que ele lhe disse:
- Bruno não tem pressa. Só mamãe tem pressa.

E um dia desses lembrei desses dois momentos quando ele estava tomando banho. Eu estava dando as instruções para ele se lavar:

- Vai, Bruno, lava o braço, o ombro, o pescoço, debaixo do braço...

E ele, com o sossego próprio de sua natureza, disse:

- Calma, mãe. Eu tenho 4 anos, eu não consigo pensar tão rápido!

sábado, 21 de março de 2009

Preto

Bruno fez amizade instantânea com um cachorrinho do sítio de meus pais e o batizou de Preto. Nos fins de semana, a primeira coisa que ele fazia era ir vê-lo.


Só que um dia Preto não apareceu. E Bruninho conheceu pela primeira vez a dor da perda de alguém querido, chorou por quase 1 hora, soluçando e me perguntando todas as dúvidas que ele tinha sobre a morte. Seu coração só se acalmou depois que rezamos em frente ao oratório de meus avós e lhes pedimos para tomar conta de Preto.

Uns dias depois Bruno perguntou se quando viajarmos de avião poderíamos ver o Preto no céu...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Comendo com medo?

Um papo de doido.
Eu e o Bruno estávamos no térreo esperando o elevador chegar, ele mordiscava um pãozinho, quando ouviu um grito e disse:

- Ai, que medo!

Logo o moço do grito apareceu e todos entramos no elevador. Ele perguntou para o Bruno:

- Tá com medo de quê?

Como o moço falou meio rápido, meio baixo, meio truncadinho, ele não entendeu:

- O quê?

- Tá com medo d'quê?

- Tô comendo pão.

- Mas por que você tá com medo?

- Porque eu tava com fome, ué.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Declaração mais gostosa...

Ontem à noite na hora de dormir, com muito carinho e ternura o Bruno me disse:

- Mamãe, eu gosto muito de você... você é a melhor mãe que eu já tive!

:-}

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Quantos dias?

Já faz algum tempo, estavamos às vesperas de um feriado prolongado, e o Bruno veio me perguntar se ele iria para a escola no dia seguinte.

- Não, filho. Você vai ficar quatro dias sem ir para a escola.

Ele ficou olhando com uma cara de pensativo. Achei que tentando decifrar quanto tempo eram quatro dias. Para ajudá-lo, levantei quatro dedos da minha mão e expliquei:

- Imagina que cada dedo é um dia.

E, apontando para o primeiro dedo, continuei:

- Vai passar este dia inteiro, vai chegar a noite, você vai dormir, vai acordar e então será este outro dia - e apontei para o segundo dedo. Vai passar o segundo dia inteiro...

Continuei a explicação, repetindo-a para cada um dos dias, apontando para cada um dos quatro dedos erguidos.



O Bruno então pensou mais um pouco, apontou para o meu dedo mindinho e perguntou:

- Mas pai, por que este dia vai ser menor do que os outros??



domingo, 4 de janeiro de 2009

Feliz... ano novo?!

Era dia 31 e eu disse para o Bruno:

- Está chegando o ano novo!

Ele ficou desesperado:

- E o que isso significa? Que vão acabar as minhas férias?????

Eu disse que não, que nós iríamos festejar o ano velho que vai embora e o ano novo que vem chegando, só isso.

Ele virou o olhinho de lado... pensativo... e perguntou em seguida:

- Mãe... e qual é a graça do ano novo?