quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Volta às aulas



Depois destas férias de verão geladinhas de muuuuito gibi da Mônica, chegou a hora de voltar às aulas.
Ainda bem que a lista de materiais era pequena, porque esse ano tivemos que renovar também a mochila e a lancheira.  Eu e o Bruno andarilhamos pela cidade molhada em busca dos materiais escolares. Doidera levar o filho pra comprar material junto?  Olha, tenho que dizer que estou pra lá de orgulhosa, prepare-se que esse sim, vai ser um post de mãe coruja.

A primeira compra foi um estojo. Primeiro, ele fugia do cor-de-rosa e em seguida ia olhando primeiro as etiquetas.  Escolheu uma que custava menos da metade das outras.  Perguntei:

- E aqueles outros estojos do ano passado, Bruno, precisam ser trocados também?

- Não, mãe, eles estão ótimos.

- Olha, Bruno, este aqui é bacana.

Ele nem olhou para o Homem Aranha supimpa no tecido brilhante.  Incrível como brilham os materiais escolares hoje em dia.  Ele viu a etiqueta:

- Mãe... esse aqui que eu escolhi é muito mais barato!  Vamos levar este!

E o preço das mochilas e lancheiras, você viu???  Que absurdo.  Levei ele para escolher uma mochila sem personagem e ele topou com todo o gosto.  A lancheira ia ter personagem, essa foi a troca.  Procuramos, procuramos, bastante mesmo, até que me rendi e comprei aqui perto, porque os preços estão todos iguais.  Ele olhou a prateleira de lancheiras, fugiu das cor-de-rosa e começou a olhar os preços.

- O quê?!?!?!  Isso é o preço de uma lancheira?? 

Não, o comentário não foi meu, foi dele.  A vendedora arregalou os olhos.

- Mãe, você acha que os preços das lancheiras estão justos nessa loja?

Expliquei que já tínhamos procurado bastante, que os preços estavam todos parecidos em todas as lojas e que iríamos comprar ali mesmo.  Dei para ele escolher 3 lancheiras.  Pensou um pouquinho e se decidiu.  Pronto.

A vendedora estava pasma.  Disse que nunca em todo seu tempo na papelaria tinha visto uma criança com tanta consciência.

Mesmo sendo exagero dela, eu tenho que demonstrar meu orgulho em ter um filhote que está se salvando do consumismo.  A cerejinha do bolo foi numa outra loja, num outro dia de chuva: ele nem ligou em escolher as capas dos cadernos, um mais televisivo que outro.  Afinal desenho animado é pra assistir, não pra ficar comprando, certo?  Mas quando viu a bancada de dicionários... o olho dele brilhou, começou a contar de Fulano do outro ano que tinha um dicionário, ajudou a escolher, a procurar...

- Vê quanto custa esse, mãe.

E em casa, a primeira coisa que quis ver foi ele.

- Cadê, cadê, cadê meu dicionário?  [Olhos arregalados, sorriso gigante, facho de luz saindo de dentro do dicionário]  Uuuuuuu, dicionáaaario!!  Eu tenho um dicionário!!


Um comentário:

Anônimo disse...

Mãe coruja com razão! Que orgulho, hein? Bjs. Lilian